O jogador Adriano em depoimento na Décima Sexta Delegacia de Polícia, da Barra
da Tijuca no Rio de Janeiro, disse que só pegou na arma após ela ter
disparado.
Ele deixou a delegacia às 20 horas e trinta
minutos dessa segunda feira, depois de 1 hora e meia de depoimento. O jogador
teve de depor para esclarecer o caso da jovem que levou um tiro dentro do seu
carro, quando saíam de uma boate no Rio de Janeiro às 5 horas e trinta minutos
desse sábado, dia 24 de dezembro.
Adriano que estava acompanhado de três mulheres e
um amigo, disse que sabia que a arma estava no console do carro, entre o banco
do carona e o motorista. Afirmou que estava no banco do carona e que não viu
quando a arma foi retirada do local, mas ouviu o disparo e olhou para o banco de
trás do carro sem perceber que alguém havia sido ferido. Somente quando Adriene
disse que seu dedo estava sangrando, Adriano disse que viu a arma em sua
mão.
Nesse momento, pediu ajuda a um amigo que estava
em outro carro para levar Adriene num hospital. O jogador disse ainda no
depoimento que insistiu com uma amiga de Adriene para ela a acompanhasse ao
hospital. Ao chegar a Delegacia, Adriano disse que a jovem baleada em seu carro
não tem caráter e agiu de má fé ao acusá-lo de ter disparado a arma. Negou
conhecer a vítima e segundo ele, apenas atendeu o pedido de um amigo que estava
junto no camarote da boate, quando resolveu dar carona a elas.
A vítima afirma que Adriano estava no banco de
trás e que o disparo contra ela teria sido feito por ele. Seu depoimento foi
tomado no hospital onde está internada para tratar a fratura exposta no dedo da
mão, provocada pelo tiro que sofreu. O jogador nega: “Não sei porque ela está
fazendo isso comigo, mas sempre que acontece algo com o Adriano a repercussão é
muito grande” – afirmou o jogador.
De acordo com o delegado Fernando Reis, o nome da
estudante baleada consta como vítima em três processos, um de lesão corporal,
outro de saidinha de banco e outro de ameaça. “Mentir é péssimo negócio” – disse
o delegado, “Se ela estiver mentindo, que fique consciente que se trata de um
crime muito grave chamado de denunciação caluniosa que dá de 2 a 8 anos de
prisão” – acrescentou.
Viviane Faria (foto) também estava no carro e prestou depoimento, dando sua
versão sobre o caso. O delegado afirmou também, que se for o jogador que estiver
mentindo, ele responderá por lesão corporal culposa e fraude processual.
Adriano e a vítima fizeram exame residual para
detectar presença de pólvora nas mãos, o que poderá indicar quem está falando a
verdade e quem efetuou o disparo.
O PM reformado Júlio César Barros, que dirigia o
carro de Adriano, disse que “Só ouvi o barulho, estava dirigindo o carro, não vi
nada, a arma estava debaixo do banco e era minha” – contou o PM. Resta aguardar
a conclusão do delegado que apura o caso depois de ouvir a vítima, apurar e
concluir o caso.
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