sábado, 3 de março de 2012

Crivella assume Ministério da Pesca



Brasília (ABr) - O novo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB-RJ), tomou posse ontem no cargo, assumindo o compromisso de aumentar a produção do setor no país e organizar a pesca empresarial. Crivella ressaltou que sua gestão buscará cumprir o conjunto de metas estabelecidas pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência para o setor de, até 2022, aumentar a produção anual da aquicultura sustentável em cinco vezes, dobrar o consumo nacional per capita de pescado e gerar mais 1 milhão de empregos na atividade pesqueira.


"Para atingir esses objetivos, vamos precisar de muita pesquisa, vamos precisar da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] Pesca e para isso vamos precisar de engenheiros. Temos apenas 1,4 mil engenheiros de pesca no Brasil, talvez aí resida uma das nossas maiores vulnerabilidades e uma questão importante que temos que enfrentar", destacou.

O novo ministro disse que, ao receber o convite para assumir o cargo, ouviu da presidenta Dilma Rousseff o pedido para que trabalhe pelos pescadores artesanais, setor que ainda concentra grande quantidade de pessoa na informalidade.

Crivella é o terceiro ministro que assume a pasta da Pesca em um ano e dois meses de governo da presidenta Dilma Rousseff. Eleito para o segundo mandato de senador pelo estado do Rio de Janeiro, é formado em engenharia civil. Já foi candidato ao governo fluminense e à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Integra a bancada evangélica do Congresso Nacional e é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. Por dez anos, trabalhou na difusão do trabalho da igreja no Continente Africano.

A ida de Crivella para a pasta da Pesca ocorre para incorporar ao governo o PRB, partido que integra a base aliada e que, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve representado pelo ex-vice-presidente José Alencar.

Ao repassar o cargo a Crivella, o deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ) disse que continuará trabalhando para defender as políticas do governo da presidenta Dilma. Ele reassume o mandato na Câmara dos Deputados.

"Que todos sigam desempenhando com garra as tarefas do nosso governo, digo nosso porque na Câmara continuo sendo do governo da presidenta Dilma Rousseff. Retorno ao Parlamento com o firme propósito de defender as políticas do governo", ressaltou.

Luiz Sérgio disse se sentir honrado por ter integrado o governo da primeira mulher presidenta da República e lembrou também o trabalho realizado na Secretaria de Relações Institucionais, primeiro cargo ocupado por ele no governo de Dilma Rousseff.

No início do mandato da presidenta, Luiz Sérgio assumiu a Secretaria de Relações Institucionais com a função de fazer a articulação entre o governo e o Congresso Nacional. Na pasta, recebeu críticas de parlamentares que relatavam que o ministro não tinha autonomia para atender às demandas dos políticos.

Luiz Sérgio disse a Crivella (PRB-RJ) ter ampla convicção da importância do Ministério da Pesca para o desenvolvimento da atividade no país. "Estou certo de que em pouco tempo o Brasil estará pronto para aproveitar esse potencial e o trabalho do ministério será reconhecido pela sociedade", disse.

Presidenta defende política de coalização

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff defendeu ontem a política de coalizão do governo ao dar posse ao senador do PRB, Marcelo Crivella (RJ), no cargo de ministro da Aquicultura e Pesca. "A constituição de alianças políticas é fundamental para que o Brasil seja administrado, governado de forma democrática e, ao mesmo tempo, que o governo represente os interesses da nação". E mandou um recado para os críticos: "não há contradição em governar baseado em uma coalizão. Isso só é contraditório para aqueles que não percebem que é possível e necessário, quando se chega ao governo eleito pelo voto popular, falar para todos os brasileiros".

Segundo Dilma, a chegada de Crivella significa o reconhecimento do PRB na grande coalização que se estruturou em torno do governo dela. E representa, também, o retorno do partido à aliança que, no mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, foi representado pelo ex-vice-presidente José Alencar. "Crivella passa a ser integrante do governo e tenho certeza do apoio dele no esforço conjunto para a realização de grandes tarefas", disse Dilma.

A presidenta se emocionou e ficou com a voz embargada ao agradecer o trabalho do ministro que saiu, Luiz Sérgio. Deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro, Luiz Sérgio reassumirá o mandato na Câmara Federal. "Nós temos certeza de que, ao longo do caminho, muitas vezes somos obrigados a prescindir de grandes colaboradores", lamentou a presidenta.

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