Jane Alves pede que namorada de Anderson Miguel seja investigada por morte de advogado

A empresária Jane Alves quebrou o silêncio após a morte do ex-marido, o advogado Anderson Miguel, executado no dia 1º de junho deste ano. Em entrevista coletiva, Jane Alves rebateu as declarações da última namorada de Anderson Miguel, Sebastiana Dantas, de que a empresária já havia feito ameaças dirigidas à mulher. A empresária negou quaisquer ameaças, acusou Sebastiana Dantas de golpista e pediu que a polícia investigasse a última namorada do advogado sobre a execução no escritório de advocacia em que Anderson Miguel trabalhava e foi morto. Segundo Jane, Sebastiana deu declarações mentirosas sobre o caso..

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Munida de documentos e recortes de entrevistas que Sebastiana Dantas concedeu, Jane Alves garantiu que nunca ameaçou Anderson Miguel e que vai acionar a Justiça contra a última namorada do empresário devido às insinuações de que a empresária possa ter ligação com crime. Para Jane Alves, Sebastiana Dantas é golpista e se aproximou de Anderson Miguel com a expectativa de ter vantagens financeiras.

Jane Alves disse que, por conta próxima, iniciou uma investigação sobre Sebastiana Dantas. Ela apresentou um suposto contra-cheque da última namorada de Anderson Miguel, onde havia informações sobre vencimentos de aproximadamente R$ 4 mil, o que confronta a suposta versão que a empresária atribui a Sebastiana, de que a namorada de Anderson Miguel trabalhava como recepcionista e recebeia aproximadamente R$ 500.

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Além desse contra-cheque, Jane Alves também informou que Anderson Miguel passou para o nome da namorada um apartamento e um veículo tipo Pajero. Contudo, as acusações mais graves foram relacionadas sobre supostos depoimentos de Sebastiana Dantas.

A empresária falou sobre um processo que Anderson Miguel movia contra um ex-namorado de Sebastiana por possíveis ameaças, quando uma carta em tom ameaçador foi destinada ao advogado. De acordo com Jane Alves, a carta foi endereçada ao escritório onde a namorada de Anderson Miguel trabalhava, o que comprovaria que a companheira do advogado sabia sobre as possíveis ameaças, fato que, segundo Jane Alves, foi negado por Sebastiana Dantas. A empresária garante que o homem apontado como autor das ameaças garantiu que nunca escreveu qualquer tipo de carta e que a Polícia deveria investigar Sebastiana Dantas por possível envolvimento no crime.

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Memória

Anderson Miguel da Silva foi o principal delator do esquema de corrupção investigado durante a Operação Hígia. A operação foi deflagrada em 13 de junho de 2008, com o cumprimento de 13 mandados de prisão e outros 42 de busca e apreensão, em uma das investigações de maior repercussão no Rio Grande do Norte. Até hoje, nenhum dos 13 presos foi condenado e Anderson Miguel foi executado no dia 1º de junho deste ano.

Anderson Miguel e Jane Alves de Oliveira, ex-mulher do advogado, são os únicos que admitem participar do suposto esquema fraudulento que, de acordo com a Polícia Federal, desviava R$ 2,4 milhões por mês da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). A fraude, ainda segundo a PF, causou um prejuízo de R$ 36 milhões aos cofres públicos nos três anos em que foi investigado. O advogado Lauro Maia, filho da então governadora Wilma de Faria, foi um dos envolvidos que chegou a ser preso pela PF, que fez com que o esquema ganhasse repercussão nacional.

Além deles, também são reús Rosa Maria de Apresentação Figueiredo Caldas Câmara, Maria Eleonora Lopes de Albuquerque Castim, João Henrique Alves Lins Bahia, Mauro Bezerra, Luciano de Souza, Francenildo Rodrigues Castro, Herbert Florentino Gabriel, Marco Antônio França, Francisco Alves de Souza e Ulisses Fernandes de Barros.

Anderson Miguel foi executado com cinco tiros, durante uma quarta-feira à tarde, dentro do escritório de advocacia em que trabalhava. Até hoje, nenhum dos possíveis envolvidos foi preso. As polícias Civil e Federal investigam o crime.